quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

JANTAR –DEBATE com o Governador do Banco de Portugal




Integrado no Plano de Actividades da nossa Associação, decorreu no passado dia 7 de Fevereiro, na messe de oficiais da Força Área, mais um Jantar-Debate, desta feita, subordinado ao tema O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ECONOMIA PORTUGUESA, o qual teve como conferencista convidado o Senhor Governador do Banco de Portugal, Doutor Carlos Costa.

A importância e actualidade do tema, por um lado, e as altas qualificações e experiência profissional do orador, por outro, cedo suscitaram o interesse dos associados, que em grande número responderam ao desafio formulado pela Direcção.

Com efeito, não obstante a amplitude da sala, a Direcção foi forçada ao constrangimento de cancelar as inscrições, por inexistência de lugares.A Presidente da Direcção abriu a sessão com palavras de saudação ao conferencista, ao moderador e, naturalmente, a todos os associados e acompanhantes presentes.

A apresentação do orador foi feita pelo moderador da palestra, Dr. António Costa, Director do Diário Económico e Administrador da Ongoing, que a par de algumas notas sobre o seu extenso e brilhante curriculum do Senhor Governador do Banco de Portugal, salientou também as suas qualidades profissionais e humanas, naturalmente reflectidas na dinâmica que imprimiu ao funcionamento da instituição que superiormente dirige.

Usou, então, da palavra o conferencista.

Excelente comunicador, falando-nos de coisas complexas e densas numa linguagem fluente e simples, teve o condão de constantemente manter presos a nossa atenção e o nosso interesse.E no enlevo e entusiasmo das suas palavras, diante de nós foram desfiando dificuldades e desafios, projectos e fracassos, políticas erradas e suas consequênciaFalou-nos de temas que, pela sua importância e actualidade eram só por si motivo para outro jantar-debate.

Falou-nos da crise financeira, do subprime e das motivações que lhe estiveram subjacentes, bem como gravosas consequências financeiras, económicas e sociais.

Falou-nos do endividamento do país, das empresas e das famílias. Falou-nos de países trabalhadores, organizados e competitivos. Falou-nos do Estado Providência e da Europa solidária.

Falou-nos da crise do desemprego e da inevitabilidade da cessação de muitos dos postos de trabalho em actividades mais tradicionais, a par das dificuldades de criação de novos empregos que satisfaçam as justas aspirações dos jovens desempregados, alguns deles altamente qualificados.

Mas, falou-nos também da vontade e das ambições colectivas de um Povo que, ancorado no seu passado e na sua História, acabará por ultrapassar estes tempos difíceis e por trilhar os caminhos do progresso.

E se é verdade que a expectativa era grande, também não é menos verdade que esta foi largamente superada.

Terminada a parte expositiva, entrou-se no período de debate, vivo e animado, aproveitado pelos associados para formularem as suas questões, às quais o Sr. Governador, detalhada e abertamente, respondeu.

Infelizmente, o adiantado da hora não permitiu que todas as dúvidas fossem apresentadas.

Este foi, inquestionavelmente, um excelente jantar-debate.

Bem-haja, por isso, Senhor Governador.


José Monteiro

Presidente do Conselho Fiscal

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