VIAGEM ANUAL DA AACDN - MALÁSIA E SINGAPURA
Realizou-se entre os dias 30 de Agosto e 7 de Setembro a Viagem Anual da AACDN.
Foi, como todos sabem, à Malásia e Singapura, na senda da portugalidade, como tem sido lema desta Direcção, pelo que o seu ponto alto foi, como não poderia ter deixado de ser, a visita a Malaca.
Conquistada para a Coroa Portuguesa em 24 de Agosto de 1511, pelo Grande Afonso de Albuquerque, faz precisamente 500 anos, era incontornável a visita àquela cidade que representou durante 130 anos, juntamente com todas as outras conquistas, a capacidade de afirmação do Portugal de então.
Afonso de Albuquerque toma a cidade de Malaca, após a recusa do Sultão em libertar de pronto 16 portugueses que aí se encontravam cativos.
Após a conquista, passa a Coroa Portuguesa a controlar o rico comércio que, obrigatoriamente, se fazia pelo Estreito de Malaca no caminho entre Europa e a Índia e a China e o Japão.
Conquistada pelos holandeses em 1641, começou a sua decadência comercial, ao ponto de ser abandonada aos Ingleses em meados do Séc. XIX, os quais, por sua vez mantém o declínio em favor de Singapura.
Mas, uma vez mais, a política de miscigenação empreendida pelos nossos antepassados, deu os seus frutos em termos da manutenção da nossa cultura ao longo dos séculos.
É assim que, mesmo arrasada pelos holandeses, para que não sobrevivessem traços da Cultura Portuguesa, nunca aqueles que se consideram Luso-descendentes deixaram de o afirmar com orgulho até aos dias de hoje.
Exigiram, alguns anos atrás, a criação de um Bairro Português, onde as ruas têm nomes familiares portugueses (Rua Sequeira, Rua Teixeira, Rua Albuquerque,...). Casas há que ostentam ainda o nome da família, caso dos Mello.
A entrada no Bairro fez-se por um Arco festivo, erguido em honrar das Festas de S. Pedro de 2011, decorado com gente malaia vestida com os nossos trajes típicos do Ribatejo e Minho, em direcção a uma praça larga sobre a praia (portuguese square), onde, à esquerda se encontra o moderno Hotel Lisboa e, à direita, o grande “Restoran de Lisbon”.
Dos contactos com a população ainda se sente o orgulho se serem Luso-descendentes.
Uma pequena história: aquando da visita às ruínas da Igreja de S. Paulo (onde S. Francisco de Xavier primeiramente esteve sepultado antes de o seu corpo ser transladado para Goa), como a língua falada com desenvoltura pelo nosso consócio Engenheiro Miguel Martinha parecesse estranha, foi-lhe perguntado por local de que país era. Quando lhe explicou que era de Portugal, a resposta imediata foi: “Welcome home”...
Em Malaca, além do sentimento português de alguma das suas gentes, resistem o Bastião e Porta de Santiago da antiga fortaleza mandada construir por Afonso de Albuquerque, “A Famosa”, a Igreja de S. Paulo, e 4 salas no Museu local dedicadas a Portugal, que suplantam as 3 dedicadas à Holanda, e as 2 pequenas dedicadas a ingleses e japoneses.
De sublinhar a magnífica réplica da mítica Nau de Afonso de Albuquerque, a “Frol de La Mar”, a qual, transformada em “Livro de História vivo” largamente dedicado à presença portuguesa, impressiona pelas suas dimensões avassaladoras e fidedignidade.
Entretanto, havíamos passado por Kuala Lumpur, capital e centro da Malásia, onde pontificam as conhecidas torres Petronas, símbolo do poder do petróleo no mundo actual, e onde as três culturas mais fortes da região convivem sem se misturarem: a muçulmana, a chinesa, e a indiana.
Finalmente, estada em Singapura, cidade-estado que mostra bem por que razão é a cidade do mundo onde vivem mais milionários. A força do capital e da organização encontra-se espelhada em todos os ambientes.
Regressados a casa, ficou-nos o sentimento de que somos herdeiros deste fundo histórico, que felizmente teima em não desaparecer, pelo que é expectável que, ainda, possamos fazer muito pelo nosso futuro.
Isabel Meirelles
Presidente da Direcção
Realizou-se entre os dias 30 de Agosto e 7 de Setembro a Viagem Anual da AACDN.
Foi, como todos sabem, à Malásia e Singapura, na senda da portugalidade, como tem sido lema desta Direcção, pelo que o seu ponto alto foi, como não poderia ter deixado de ser, a visita a Malaca.
Conquistada para a Coroa Portuguesa em 24 de Agosto de 1511, pelo Grande Afonso de Albuquerque, faz precisamente 500 anos, era incontornável a visita àquela cidade que representou durante 130 anos, juntamente com todas as outras conquistas, a capacidade de afirmação do Portugal de então.
Afonso de Albuquerque toma a cidade de Malaca, após a recusa do Sultão em libertar de pronto 16 portugueses que aí se encontravam cativos.
Após a conquista, passa a Coroa Portuguesa a controlar o rico comércio que, obrigatoriamente, se fazia pelo Estreito de Malaca no caminho entre Europa e a Índia e a China e o Japão.
Conquistada pelos holandeses em 1641, começou a sua decadência comercial, ao ponto de ser abandonada aos Ingleses em meados do Séc. XIX, os quais, por sua vez mantém o declínio em favor de Singapura.
Mas, uma vez mais, a política de miscigenação empreendida pelos nossos antepassados, deu os seus frutos em termos da manutenção da nossa cultura ao longo dos séculos.
É assim que, mesmo arrasada pelos holandeses, para que não sobrevivessem traços da Cultura Portuguesa, nunca aqueles que se consideram Luso-descendentes deixaram de o afirmar com orgulho até aos dias de hoje.
Exigiram, alguns anos atrás, a criação de um Bairro Português, onde as ruas têm nomes familiares portugueses (Rua Sequeira, Rua Teixeira, Rua Albuquerque,...). Casas há que ostentam ainda o nome da família, caso dos Mello.
A entrada no Bairro fez-se por um Arco festivo, erguido em honrar das Festas de S. Pedro de 2011, decorado com gente malaia vestida com os nossos trajes típicos do Ribatejo e Minho, em direcção a uma praça larga sobre a praia (portuguese square), onde, à esquerda se encontra o moderno Hotel Lisboa e, à direita, o grande “Restoran de Lisbon”.
Dos contactos com a população ainda se sente o orgulho se serem Luso-descendentes.
Uma pequena história: aquando da visita às ruínas da Igreja de S. Paulo (onde S. Francisco de Xavier primeiramente esteve sepultado antes de o seu corpo ser transladado para Goa), como a língua falada com desenvoltura pelo nosso consócio Engenheiro Miguel Martinha parecesse estranha, foi-lhe perguntado por local de que país era. Quando lhe explicou que era de Portugal, a resposta imediata foi: “Welcome home”...
Em Malaca, além do sentimento português de alguma das suas gentes, resistem o Bastião e Porta de Santiago da antiga fortaleza mandada construir por Afonso de Albuquerque, “A Famosa”, a Igreja de S. Paulo, e 4 salas no Museu local dedicadas a Portugal, que suplantam as 3 dedicadas à Holanda, e as 2 pequenas dedicadas a ingleses e japoneses.
De sublinhar a magnífica réplica da mítica Nau de Afonso de Albuquerque, a “Frol de La Mar”, a qual, transformada em “Livro de História vivo” largamente dedicado à presença portuguesa, impressiona pelas suas dimensões avassaladoras e fidedignidade.
Entretanto, havíamos passado por Kuala Lumpur, capital e centro da Malásia, onde pontificam as conhecidas torres Petronas, símbolo do poder do petróleo no mundo actual, e onde as três culturas mais fortes da região convivem sem se misturarem: a muçulmana, a chinesa, e a indiana.
Finalmente, estada em Singapura, cidade-estado que mostra bem por que razão é a cidade do mundo onde vivem mais milionários. A força do capital e da organização encontra-se espelhada em todos os ambientes.
Regressados a casa, ficou-nos o sentimento de que somos herdeiros deste fundo histórico, que felizmente teima em não desaparecer, pelo que é expectável que, ainda, possamos fazer muito pelo nosso futuro.
Isabel Meirelles
Presidente da Direcção
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