sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FOLHA INFORMATIVA Nº. 65


VISITA AO COMANDO AÉREO - MONSANTO

A 5 de Dezembro, p. p. por iniciativa da actual Direcção/AACDN e, no culminar das actividades/eventos levados a cabo, durante o seu mandato, em prol dos seus Associados, “visitamos” o Comando Aéreo – Monsanto, com um programa aliciante:

Briefing do Comandante do CA.
Briefing do Combined Air Operations Centar 10.
Visita ao Combined Air Operations Centar 10 e Operações Nacionais.

Após a concentração, das várias viaturas pessoais na “Porta d´Armas” e, seguindo um Follow Me levaram-nos até ao Edifício de Comando, onde, por volta das 10h20, fomos recebidos com toda a afabilidade pelo Tenente-General Comandante Aéreo, José Tareco, acompanhado do Major-General Orlando Jimenez e pelo seu Chefe de Estado Maior, Coronel João Alves dando-nos as boas vindas num encontro de cortesia, preparatória da visita.

O Grupo, aderente ao evento (cerca de trinta associados) constitutivo de cursos, origens profissionais e de gerações díspares, assumiu, o convívio proporcionado, com elevadas expectativas, quer quanto ao decorrer da visita prevista, bem como, nos relacionamentos que se viviam, entre os presentes, porquanto alguns, tempos haviam que não se encontravam. O ambiente era o mais informal possível, denotando a existência de grandes amizades e consideração, mútuas. Foi o reforçar das relações, que se criaram e desenvolveram, quer durante o Curso, como, também, dos contactos posteriores e relacionamentos, havidos, de outros eventos.

Verificámos que, de entre os presentes, os colegas auditores, concorrentes aos cargos de Presidente da Direcção, da AACDN, davam-nos o prazer das suas presenças, facto aproveitado, por alguns de nós, para os primeiros contactos e solicitação de informação, quanto às próximas eleições, previstas para Fevereiro de 2012.

O ambiente, era de festa, mas também de trabalho, com uma certa curiosidade, latente, quanto às reais actividades e missões da FA e, das suas “capacidades” neste período de crise, em que o País se encontra.

Do que recebemos, “brifados” por quatro Oficiais superiores do CA, para além do Exmo Comandante, fica-nos como informação prestigiada e em resumo, o seguinte:

1. O Comando Aéreo é dirigido por um Tenente-General e tem como missão o planeamento, direcção e controlo dos sistemas de armas e actividade de defesa aérea do território nacional. Compete ainda a este comando a segurança de todas as unidades e órgãos da Força Aérea. A execução da Missão, é feita através do correspondente Estado-maior.

2. Para o cumprimento da Missão, possui diversas Unidades (Bases Aéreas; Aeródromos de Trânsito e de Manobra – Unidades de Vigilância e Detecção) e está organizado em Zonas Aéreas (Açores e Madeira) que possuem uma organização semelhante.

3. As aeronaves da FAP estão integradas em Esquadras de Voo dependentes, das Bases Aéreas, em consonância, com as correspondentes especificidades - esquadras de Instrução, de Caça, de Ataque, de Reconhecimento, de Transporte, de Patrulha Marítima, de Busca e Salvamento, de Tiro e de Função Especial.

4. Está-lhe atribuída a vigilância aérea, todo o “espaço aéreo” das Zonas das plataformas Nacionais, ZEE e Área de integração do Comando NATO, que integra, através das Unidades de Vigilância e Detecção (Fóia, Pilar, Montejunto e Terceira/Açores, Madeira.

5. Observamos que a ZEE portuguesa tem 1 727 408 Km2 de extensão geográfica, o que corresponde a 1,25% de toda a área oceânica sob jurisdição de um país. Portugal passará a ter uma área total de 3 027 408 km² (14,9 vezes a área de Portugal Continental, que o fará saltar para a 11.ª maior ZEE do mundo.

· Portugal Continental 327 667 km²
· Açores 953 633 km²
· Madeira 446 108 km²
· Portugal Total: 1 727 408 km²

6. Há “estruturas – meios materiais e humanos” permanentemente em serviço, 24H dia/365 dias ano, com um grau de “aprontamento” para a “acção” de 20 minutos.

7. Integra, também, para o cumprimento da sua missão – Unidades de Protecção da Força - Unidades de Policia Aérea, destinadas ao garante dos vários Destacamentos da FA nas respectivas Zonas Aéreas (Bases e Aeródromos), bem como, nos diferentes Teatros de Operações.

8. Com os seus meios (aeronaves e infra-estruturas) dá apoio e colabora com os outros Ramos das Forças Armadas – Marinha e Exército (participa de forma integrada, na defesa militar da República e, em acções de Segurança e Defesa do Estado), bem como, com outras Entidades (em Acções de Serviço Público) nomeadamente com a GNR, PSP, PJ e SNPC e, ainda, com o Ministério da Saúde/Hospitais-INEM, no transporte aeromédico.

9. De acordo com “acordos internacionais” a FA (com os seus meios), poderá integrar missões no âmbito da EUROFOR e/ou NATO.

10. Lei Orgânica da Força Aérea (Decreto-Lei 232/2009 de 15 de Setembro). A FA integra a Autoridade Aeronáutica Nacional e o Serviço de Busca e Salvamento Aéreo.
Após os vários briefing sobre as várias áreas do CA – Pessoal, Operações, Logística e Comando e Instrução, devidamente acompanhados, iniciamos a visita ao (desejado) Combined Air Operations Centar 10 e Operações Nacionais local (cérebro), onde na prática, se realiza todo o acompanhamento da acção e controlo, das várias actividades incumbidas à FAP, integradas na sua Missão e, porque é responsável, perante a Nação.

A Visita foi muito agradável, foi formativa, importante e elucidativa. Tivemos o privilégio de muito aprendermos e, desse modo, adquirir os argumentos necessários para a justificar da necessidade, perante os nossos concidadãos, da indispensabilidade da existência de Forças Armadas, em constante serviço público, em prol das populações e que o Pais, não poderá dispensar.

Tenente General Pires Mateus
Dezembro de 2011

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